terça-feira, 27 de outubro de 2009

O cretino vintém

Outras tomadas de posse



Membros da Assembleia de Freguesia tomam posse

Na próxima sexta-feira, dia 30 de Outubro, pelas 21 horas, os novos membros da Assembleia de Freguesia do Tortosendo tomam posse. Um acto solene que dignifica a democracia e a República, mas também a nossa terra.
A todos os novos elementos, nomeadamente aos representantes dos três partidos políticos, os meus votos de bom trabalho e profícua acção em prol do Tortosendo. Por isso mesmo, o trabalho e a presença de todos os elementos, todos sem excepção, deve sempre ser tido em linha de conta. Cada membro da assembleia ocupa o seu lugar graças às pessoas que escolheram os seus representantes. Nesse sentido, faço votos para que situações menos “democráticas” e episódios infelizes de acção cívica façam agora parte do passado.
Neste órgão, a meu ver, o mais representativo do povo, não existem vencidos nem vencedores, por isso mesmo, todos aqueles que lideraram um projecto, uma equipa, uma candidatura devem agora ocupar o seu lugar e mostrar o seu trabalho, cumprindo o seu programa. Uma acção em prol da “vila operária”.

Unidos no Motor

Participem

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Conjunto musical «Os Kravas»

O reencontro com o amigo Miguel Matos levou impreterivelmente para o campo da música. À sua banda, os Painted Black, que um destes dias vai merecer o post obrigatório, mas também à primeira banda rock do Tortosendo, onde o seu pai, Francisco Matos, também estava. É precisamente dos «Kravas» que fala a notícia assinada por José Rogério, no já longínquo ano de 1967.
O texto, sobre a banda constituída por «Zeca» de Matos (vocalistas); Júlio Ramos, viola eléctrica; Francisco Valadas, viola; Carlos Silva, bateria e Francisco de Matos, acordeão, versava assim: “«Os Kravas» é a designação de um conjunto musical que entre nós se formou recentemente e que se exibiu ao público tortosendense, pela primeira vez, no passado sábado, 1 de Abril, no Cine-Sonoro desta vila.
Toda e qualquer manifestação artística é digna do nosso carinho e aplauso e por isso não quisemos deixar de assinalar este acontecimento e expressar o saber e vontade com que os rapazes afincadamente se dedicaram ao trabalho para que a sua apresentação em público consistisse num êxito.
A sala de espectáculos superlotou-se e todos aplaudiram entusiástica e vibrantemente as músicas em número bastante elevado que «Os Kravas» apresentaram.
O público saiu satisfeito e correspondeu inteiramente àquilo que se desejava.
É de lamentar, contudo, que algumas mais entusiastas se tivessem manifestado em excesso chegando mesmo a causar prejuízos nos lugares que ocupavam.
Esperamos que para a próxima vez saibam aplaudir e manifestar-se correcta e delicadamente de modo a que as outras pessoas possam ver e apreciar todo o espectáculo e para que não tenhamos na próxima de nos lamentar de nada”.
In: Jornal do Fundão, 9 de Abril de 1967, página 6

Uma instituição marcante

Primeiros Seminaristas do Tortosendo - Fevereiro de 1949
Padre Caio no Tortosendo - Fevereiro de 1949

Primeiras instalações do Seminário do Verbo Divino no Tortosendo

Com Saramago a falar, mais uma vez da Igreja, e a procissão de diáconos que aproveita tal feito para também voltar a aparecer mais um pouco em cena, lembrei-me de mais algumas imagens antigas, desta vez, voltadas para a religião.
Ao contrário das animosidades entre o Nobel da Literatura e a Religião Católica, a relação do Tortosendo com o Seminário do Verbo Divino, que tem sede na nossa freguesia, é marcante.
Esta instituição nasceu a 12 de Janeiro de 1949, data em que José Alves Matoso, então bispo da Guarda, decidiu a construção de um seminário missionário no Tortosendo. Iniciou as suas funções como seminário menor a 14 de Novembro de 1949, com uma turma de 40 alunos. A sua actividade lectiva durou ininterruptamente até 1986. Segundo os seus responsáveis, o ponto alto, em termos lectivos, terá sido atingido na década de 80, época em que a escola, com o nome de Seminário Liceal do Verbo Divino, recebeu do Ministério da Educação alvará de estabelecimento de ensino particular e lhe foi concedido paralelismo pedagógico pela inspecção geral do ensino particular.
Ainda que não tenha cessado oficialmente nem como escola nem como internato, o Seminário deixou de ter quaisquer alunos internos a partir de 2002.
Fonte: Seminário do Verbo Divino

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Saramago pede contas a Deus

O título é “roubado” ao El País de hoje. O Nobel português publicou as primeiras páginas do seu novo livro num dos mais prestigiados diários do mundo. Mas não deixa de ser significativo o reconhecimento que os espanhóis têm por Saramago e este pela pátria de Cervantes.
É sempre bom lembrar que a “portugalidade” premeia mais os mágicos com os seus toques e malabarismos de bola, uma ou outra alminha política, vazia de ideias e conceitos democráticos do que a intemporalidade de uma obra literária e de uma figura como Saramago.
É sempre bom recordar que o Nobel da Literatura foi “corrido” do seu país natal, em 1992, pela decisão de um sub-secretário, leu bem, (SUB)secretário, cujo coeficiente mental, cultural e cívico não deve andar muito longe do zero. Na altura, um tal Sousa Lara, – nome que passados pouco mais de 15 anos, ninguém lembra – justificou a decisão de ter pedido para retirar da lista de nomeados os Prémio Literário Europeu, um livro de Saramago, “Evangelho segundo Jesus Cristo”, porque Saramago “não representava Portugal”, mas também porque “A obra atacou princípios que têm a ver com o património religioso dos portugueses. Longe de os unir, dividiu-os”.
O escritor acabou por virar costas ao País e deixar o “rectângulo” aos comandos deste tipo de “intelectualidades políticas”. Portugal piorou, Saramago melhorou, mas parece que ninguém tira conclusões destes episódios. Hoje publica as primeiras páginas do seu novo livro, “Cain”. Dia 15 temos novo livro e nova incursão do Nobel pelas páginas Bíblia. Vamos ver o que resulta desta vez.
Primeiras páginas da obra

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Tortosendo continua Social-Democrata


Este é um dos actos mais nobres de democracia e também uma intervenção relevante para todos os cidadãos. Os actos eleitorais assumem-se como momentos de reflexões e também de avaliação de programa para o futuro das povoações. No caso do Tortosendo, a eleições do passado dia 11 ditou a continuidade do projecto do Partido Social Democrata. Mas também apresenta outros motivos de análise. Os números aferidos nas urnas revelam um voto de confiança no projecto do Partido Comunista e uma pesada derrota nas propostas avançadas pelo Partido Socialista.
Antes de mais, lembrar a coragem cívica de todos aqueles que integraram as três listas à junta de freguesia. Eleitos ou não, é sempre de relevar tal atitude, tomada em prol da comunidade. Desejar também, a todos os eleitos, mormente a Carlos Abreu, Ondina Gonçalves e Luís Santos, votos de um bom trabalho.
No acto eleitoral votaram 3071 pessoas, das 4946 inscritas. O PSD conseguiu 1677 votos (54,61%), o que representa seis deputados na Assembleia de Freguesia, o PCP teve 747 votos (24,32%), o que representa dois deputados e o Partido Socialista contou com 495 votos (16,12%), um deputado na Assembleia de Freguesia. Neste universo registaram-se ainda 101 votos em branco (3,29%) e 51 votos nulos (1,66%).

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Estranha forma de vida





Lisboa viu nascer, a 1 de Julho de 1920, Amália da Piedade Rodrigues. Teoria há que dizem que nasceu na Beira Interior, mais propriamente no Fundão. As mesmas que dão ainda origem a teorias sobre possíveis sobrinhos que vivem no nosso Tortosendo. Faleceu, em Lisboa, a 6 de Outubro de 1999. Dez anos depois, recorde-se a voz da “Rainha do Fado” e também de um projecto artístico brilhante que, actualmente, homenageia a imortal “Amália”.

PS – Referir que a preferência iria para a “Covilhã, Cidade Neve”, mas tal passagem tem sido utilizada para fins político e não vá isso dar lugar a outras leituras…

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Momento cultural


Uma mensagem, com todo o sentido...

O que importa

Em tempo de campanha autárquica, (leia-se que o essencial passa sempre pela freguesia do Tortosendo), não vou falar do programa de acção, das promessas e intenções de cada equipa. Contudo, olhar para milhares de palavras que compõem os três projectos em discussão no Tortosendo e não encontrar uma referência ao que verdadeiramente interessa, neste momento, o povo, é desolador e algo desmotivante.
O povo senhores, o povo. As diferentes propostas hão-de aqui ser vertidas em jeito de resguardo, de cábula, resquício de memória que irá sempre dar sinais de vida quando assim se julgar necessário. Mas apenas dizer às mulheres e homens que por estes dias, e civicamente bem, concorrem a este organismo representativo da comunidade, que aquilo que importa realmente ao POVO é o seu sustento.
Emprego para quem o não tem, manutenção dos que existem, essas são as principais preocupações que todos os dias vivem com quem efectivamente trabalha. Sobre isso, temos uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. E mais não digo, que este é apenas um desabafo. Cada vez mais as palavras de
Saramago têm valor. Cada vez mais fazem sentido. Diz o Nobel da Literatura que “são já poucos os adultos que têm paciência para interessar-se pela miséria”. Ora aqui está a prova…